Preconceito de Crente

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Devo confessar que meu perfil pessoal não é daquele  que normalmente sofre algum tipo de preconceito. Entretanto, na semana passada, visitando um restaurante, fui alvo de preconceito por um motivo muito banal, e que não vem ao caso mencionar aqui.

Apesar de ser um fato isolado na minha vida, os instantes em que passei naquele restaurante incomodaram muito a minha pessoa, e a minha família também. Nas horas seguintes, acabei  refletindo muito  o quão doloroso é você sofrer uma desvalorização pessoal por participar ou ter alguma característica especial.  Fiquei imaginando como deve ser frustrante ser excluído de alguma maneira por causa da sua cor, do seu gênero, da sua condição socioeconômica, do seu grau de escolaridade, da sua profissão e por causa da sua fé. Obviamente, prendi-me a este último.

Lembrei-me de quantas pessoas eu imputei preconceito por causa das suas visões teológicas. Pedi perdão a Deus, mas infelizmente não conseguirei me redimir com a maioria dos irmãos que feri, por pura falta de contato. Lembrei, também, que existe um tipo de preconceito que cometemos constantemente, e que chamo de “preconceito de crente”. Este preconceito é que desenvolvemos com pessoas que frequentam igrejas evangélicas, mas de denominação diferente da nossa.

Seria uma tremenda hipocrisia afirmar que tal coisa não existe no meio evangélico. O fato é que boa parte da membresia de uma igreja local pensa que sua denominação é a “100% bíblica”. Não sei se já falei isto em outros textos de minha autoria, mas eu não acredito que hoje há uma única igreja que cumpra a risca 100% do que a Bíblica entende por igreja. Na verdade, é corriqueiro as pessoas pensarem que sua igreja é a certa, seja porque falam em línguas estranhas, ou  fazem missões transculturais, ou promovem prosperidade, ou realizam curas miraculosas, ou estudam a bíblia como ninguém,  ou até mesmo por ter uma relação histórica direta com os reformadores.

Felizmente, o conceito bíblico de igreja é muito mais abrangente do que estas pequenezes. Nós precisamos sempre nos recordar que quem inventou a placa de igreja foram os homens, por mais que alguns insistam que isto seja obra de Deus.

Igreja, na Bíblia, é apresentada com “I”maiúsculo, porque mostra que se trata de algo maior. Esta amplitude está relacionada ao caráter essencial da Igreja: – Ela é um organismo espiritual, não material. Isso quer dizer que Igreja é o aglomerar de almas redimidas por Cristo num propósito único de servir a Sua vontade. A Igreja real, bíblica, não tem endereço, CNPJ ou dono, pelo menos humano.

Se você alguma vez já estudou eclesiologia bíblica – o estudo da Igreja na perspectiva da Palavra de Deus – deve ter notado que uma das características mais importantes da Igreja de Jesus é a união. Todo o Novo Testamento mostra a Igreja como um alguma coisa que deva ser coesa em seu propósito, sem distinção. Mesmo fora da Palavra de Deus, em documentos da época da Igreja Primitiva vemos essa preocupação. Um grande exemplo é o credo dos apóstolos, que classifica a Igreja como uma (unida) e católica, não a igreja católica apostólica romana, mas no sentido da palavra, para todos os povos e nações (católica significa “universal”).

Cito, neste sentido 3 textos bíblicos:

1Co 12.12-31 – A Bíblia nesse trecho chama a nossa atenção para a questão de sermos um só organismo por mais diferente e numerosos que possamos parecer. Por maior que seja a nossa diferença, estamos ligados a Jesus pelo Seu sangue, e não existe interpretação teológica mais poderosa que isso.

1Co 3 – Pertencemos a Cristo, não a homens. Hoje, é muito comum igrejas com dono. Mais comum é ver crentes brigando por causa de seus pastores, “apóstolos” e etc. Entretanto, a Palavra mostra que o único alicerce da Igreja é Jesus e que não pode haver nenhum outro!! A Igreja não é de fulano ou ciclano, ou pelo menos não deveria ser (1Co 3.11).

Mc 10.35-41 – Esta é a passagem em que Tiago e João pedem para assentar à direita e a esquerda de Jesus no Seu futuro Reino. Então, Jesus mostra que não haverá preferido para Ele. A única coisa que ele quer é que “bebamos o seu cálice”, ou seja, que vivamos uma vida abnegada na mensagem do Evangelho, deixando de  lado qualquer pensamento próprio em favor da Igreja Dele.

Portanto, gostaria de terminar este artigo dizendo que já é hora de pararmos de pensar que somos a “última cereja bolo” e nos darmos as mãos para realizar aquilo que Jesus nos ordenou (Mt 28.18-20), porque enquanto estamos discutindo para ver quem “sentará a direita de Jesus”, milhões estão indo para o inferno por não ter quem pregue a Palavra de vida eterna em Cristo. Reflita nisso.

 

Deus o abençoe.

 

Fabio Marchiori Machado.

Siga no Twitter – @fabiomarchiori

Devo confessar que meu perfil pessoal não é daquele que normalmente sofre algum tipo de preconceito. Entretanto, na semana passada, visitando um restaurante, fui alvo de preconceito por um motivo muito banal, e que não vem ao caso mencionar aqui.

Apesar de ser um fato isolado na minha vida, os instantes em que passei naquele restaurante incomodaram muito a minha pessoa, e a minha família também. Nas horas seguintes, acabei refletindo muito o quão doloroso é você sofrer uma desvalorização pessoal por participar ou ter alguma característica especial. Fiquei imaginando como deve ser frustrante ser excluído de alguma maneira por causa da sua cor, do seu gênero, da sua condição socioeconômica, do seu grau de escolaridade, da sua profissão e por causa da sua fé. Obviamente, prendi-me a este último.

Lembrei-me de quantas pessoas eu imputei preconceito por causa das suas visões teológicas. Pedi perdão a Deus, mas infelizmente não conseguirei me redimir com a maioria dos irmãos que feri, por pura falta de contato. Lembrei, também, que existe um tipo de preconceito que cometemos constantemente, e que chamo de “preconceito de crente”. Este preconceito é que desenvolvemos com pessoas que frequentam igrejas evangélicas, mas de denominação diferente da nossa.

Seria uma tremenda hipocrisia afirmar que tal coisa não existe no meio evangélico. O fato é que boa parte da membresia de uma igreja local pensa que sua denominação é a “100% bíblica”. Não sei se já falei isto em outros textos de minha autoria, mas eu não acredito que hoje há uma única igreja que cumpra a risca 100% do que a Bíblica entende por igreja. Na verdade, é corriqueiro as pessoas pensarem que sua igreja é a certa, seja porque falam em línguas estranhas, ou fazem missões transculturais, ou promovem prosperidade, ou realizam curas miraculosas, ou estudam a bíblia como ninguém, ou até mesmo por ter uma relação histórica direta com os reformadores.

Felizmente, o conceito bíblico de igreja é muito mais abrangente do que estas pequenezes. Nós precisamos sempre nos recordar que quem inventou a placa de igreja foram os homens, por mais que alguns insistam que isto seja obra de Deus.

Igreja, na Bíblia, é apresentada com “I”maiúsculo, porque mostra que se trata de algo maior. Esta amplitude está relacionada ao caráter essencial da Igreja: – Ela é um organismo espiritual, não material. Isso quer dizer que Igreja é o aglomerar de almas redimidas por Cristo num propósito único de servir a Sua vontade. A Igreja real, bíblica, não tem endereço, CNPJ ou dono, pelo menos humano.

Se você alguma vez já estudou eclesiologia bíblica – o estudo da Igreja na perspectiva da Palavra de Deus – deve ter notado que uma das características mais importantes da Igreja de Jesus é a união. Todo o Novo Testamento mostra a Igreja como um alguma coisa que deva ser coesa em seu propósito, sem distinção. Mesmo fora da Palavra de Deus, em documentos da época da Igreja Primitiva vemos essa preocupação. Um grande exemplo é o credo dos apóstolos, que classifica a Igreja como uma (unida) e católica, não a igreja católica apostólica romana, mas no sentido da palavra, para todos os povos e nações (católica significa “universal”).

Cito, neste sentido 3 textos bíblicos:

1Co 12.12-31 – A Bíblia nesse trecho chama a nossa atenção para a questão de sermos um só organismo por mais diferente e numerosos que possamos parecer. Por maior que seja a nossa diferença, estamos ligados a Jesus pelo Seu sangue, e não existe interpretação teológica mais poderosa que isso.

1Co 3 – Pertencemos a Cristo, não a homens. Hoje, é muito comum igrejas com dono. Mais comum é ver crentes brigando por causa de seus pastores, “apóstolos” e etc. Entretanto, a Palavra mostra que o único alicerce da Igreja é Jesus e que não pode haver nenhum outro!! A Igreja não é de fulano ou ciclano, ou pelo menos não deveria ser (1Co 3.11).

Mc 10.35-41 – Esta é a passagem em que Tiago e João pedem para assentar à direita e a esquerda de Jesus no Seu futuro Reino. Então, Jesus mostra que não haverá preferido para Ele. A única coisa que ele quer é que “bebamos o seu cálice”, ou seja, que vivamos uma vida abnegada na mensagem do Evangelho, deixando de lado qualquer pensamento próprio em favor da Igreja Dele.

Portanto, gostaria de terminar este artigo dizendo que já é hora de pararmos de pensar que somos a “última cereja bolo” e nos darmos as mãos para realizar aquilo que Jesus nos ordenou (Mt 28.18-20), porque enquanto estamos discutindo para ver quem “sentará a direita de Jesus”, milhões estão indo para o inferno por não ter quem pregue a Palavra de vida eterna em Cristo. Reflita nisso.

Deus o abençoe.

Devo confessar que meu perfil pessoal não é daquele  que normalmente sofre algum tipo de preconceito. Entretanto, na semana passada, visitando um restaurante, fui alvo de preconceito por um motivo muito banal, e que não vem ao caso mencionar aqui.

Apesar de ser um fato isolado na minha vida, os instantes em que passei naquele restaurante incomodaram muito a minha pessoa, e a minha família também. Nas horas seguintes, acabei  refletindo muito  o quão doloroso é você sofrer uma desvalorização pessoal por participar ou ter alguma característica especial.  Fiquei imaginando como deve ser frustrante ser excluído de alguma maneira por causa da sua cor, do seu gênero, da sua condição socioeconômica, do seu grau de escolaridade, da sua profissão e por causa da sua fé. Obviamente, prendi-me a este último.

Lembrei-me de quantas pessoas eu imputei preconceito por causa das suas visões teológicas. Pedi perdão a Deus, mas infelizmente não conseguirei me redimir com a maioria dos irmãos que feri, por pura falta de contato. Lembrei, também, que existe um tipo de preconceito que cometemos constantemente, e que chamo de “preconceito de crente”. Este preconceito é que desenvolvemos com pessoas que frequentam igrejas evangélicas, mas de denominação diferente da nossa.

Seria uma tremenda hipocrisia afirmar que tal coisa não existe no meio evangélico. O fato é que boa parte da membresia de uma igreja local pensa que sua denominação é a “100% bíblica”. Não sei se já falei isto em outros textos de minha autoria, mas eu não acredito que hoje há uma única igreja que cumpra a risca 100% do que a Bíblica entende por igreja. Na verdade, é corriqueiro as pessoas pensarem que sua igreja é a certa, seja porque falam em línguas estranhas, ou  fazem missões transculturais, ou promovem prosperidade, ou realizam curas miraculosas, ou estudam a bíblia como ninguém,  ou até mesmo por ter uma relação histórica direta com os reformadores.

Felizmente, o conceito bíblico de igreja é muito mais abrangente do que estas pequenezes. Nós precisamos sempre nos recordar que quem inventou a placa de igreja foram os homens, por mais que alguns insistam que isto seja obra de Deus.

Igreja, na Bíblia, é apresentada com “I”maiúsculo, porque mostra que se trata de algo maior. Esta amplitude está relacionada ao caráter essencial da Igreja: – Ela é um organismo espiritual, não material. Isso quer dizer que Igreja é o aglomerar de almas redimidas por Cristo num propósito único de servir a Sua vontade. A Igreja real, bíblica, não tem endereço, CNPJ ou dono, pelo menos humano.

Se você alguma vez já estudou eclesiologia bíblica – o estudo da Igreja na perspectiva da Palavra de Deus – deve ter notado que uma das características mais importantes da Igreja de Jesus é a união. Todo o Novo Testamento mostra a Igreja como um alguma coisa que deva ser coesa em seu propósito, sem distinção. Mesmo fora da Palavra de Deus, em documentos da época da Igreja Primitiva vemos essa preocupação. Um grande exemplo é o credo dos apóstolos, que classifica a Igreja como uma (unida) e católica, não a igreja católica apostólica romana, mas no sentido da palavra, para todos os povos e nações (católica significa “universal”).

Cito, neste sentido 3 textos bíblicos:

1Co 12.12-31 – A Bíblia nesse trecho chama a nossa atenção para a questão de sermos um só organismo por mais diferente e numerosos que possamos parecer. Por maior que seja a nossa diferença, estamos ligados a Jesus pelo Seu sangue, e não existe interpretação teológica mais poderosa que isso.

1Co 3 – Pertencemos a Cristo, não a homens. Hoje, é muito comum igrejas com dono. Mais comum é ver crentes brigando por causa de seus pastores, “apóstolos” e etc. Entretanto, a Palavra mostra que o único alicerce da Igreja é Jesus e que não pode haver nenhum outro!! A Igreja não é de fulano ou ciclano, ou pelo menos não deveria ser (1Co 3.11).

Mc 10.35-41 – Esta é a passagem em que Tiago e João pedem para assentar à direita e a esquerda de Jesus no Seu futuro Reino. Então, Jesus mostra que não haverá preferido para Ele. A única coisa que ele quer é que “bebamos o seu cálice”, ou seja, que vivamos uma vida abnegada na mensagem do Evangelho, deixando de  lado qualquer pensamento próprio em favor da Igreja Dele.

Portanto, gostaria de terminar este artigo dizendo que já é hora de pararmos de pensar que somos a “última cereja bolo” e nos darmos as mãos para realizar aquilo que Jesus nos ordenou (Mt 28.18-20), porque enquanto estamos discutindo para ver quem “sentará a direita de Jesus”, milhões estão indo para o inferno por não ter quem pregue a Palavra de vida eterna em Cristo. Reflita nisso.

 

Deus o abençoe.

 

Fabio Marchiori Machado.

Siga no Twitter – @fabiomarchiori

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