por Fabio Marchiori Machado (*)
Já duram quatro dias os conflitos intensos entre cristãos e mulçumanos na cidade de Jos, no norte da Nigéria. Os combates estão mais concentrados na região sul da cidade.
A luta entre os grupos iniciou-se devido à construção de uma mesquita em Nassarawa Gwon, um bairro cristão de Jos, cidade situada entre o norte muçulmano e o sul cristão, com cerca de meio milhão de habitantes.
Segundo informação de grupos locais, a escalada de violência está apresentando sinais de retração, mas que certamente longe do seu fim. A agência angolana de notícias Angop – Angola Press informa que muitos estabelecimentos comerciais foram saqueados, empresas estão fechadas e alguns bairros encontram-se completamente desertos.
Ao todo, estima-se que já foram mortas mais de 460 pessoas no conflito, isto segundo ativistas dos direitos humanos local. O número oficial do governo é de 35 mortos, 40 feridos e 168 detidos, desde domingo, quando do início dos combates.
No final do ano passado, 35 pessoas morreram nos conflitos entre mulçumanos e a polícia de segurança nacional da Nigéria, na região de Bauchi. Integrantes da seita Kata Kalo começaram a lutar entre si e a trocar acusações sobre a culpa pela doença grave de seu líder. O confronto espalhou-se pela cidade, forçando a ação da guarda nacional.
As autoridades colocaram nas ruas de Jos um contingente militar a fim de sufocar o conflito e fazer cumprir o toque de recolher imposto à população. As autoridades da Nigéria declararam-se determinadas a terminar com as novas violências entre grupos religiosos no país.
(*) com informações de UOL notícias, Agência Reuters e Angola Press.